quarta-feira, 25 de abril de 2007

Blade Runner the Exxxperience

Semana Blade Runner, li o livro do Philip K. Dick - Do Androids Dream of Electric Sheep?
Assisti o filme (a montagem do diretor Ridley Scott), e acabo de assistir a montagem antiga(do estudio em vhs).
Impressionante algumas semelhanças entre o filme e nossa atual realidade. Talvez tenha sido o mais profético dos filmes dos anos 80.
Estamos agora como no filme, globalizados, conectados, mas mais alienados do que nunca.
Os diversos ícones embutidos no filme(o próprio filme já é um), mostram os androides na mesma e eterna busca humana! A explicação - De onde vim?, O que sou?, Para onde irei?
A sequencia em que Deckard "aposenta" o androide Zhora, é memoravel pelo subtexto contido na cena, onde o androide ao ser atingido atravessa várias vidraças (barreiras) de vidro, e cai fulminada numa sala cheia de manequins (bonecos). E é bem isto a realidade humana, atravessamos diversas barreiras pra no final descobrirmos que somos apenas marionetes manipuladas pelo "capitalismo" e não temos controle algum sobre a vida.
As semelhanças entre livro e filme são muito bruscas, mas a forma poetico como foi composto o filme supera estas barreiras. Com um visual assinado pelo artista plastico Moebius (o mesmo dos quadrinhos), e inspirados em pinturas e gravuras de diversos artistas.
Tudo no filme é Noir, aquele climão anos 30/40 impregnam toda a obra, o figurino fica num meio termo futurista retrô, assim como toda a arte cenica.
Pra mim foi uma experiencia única, mesmo rever o famoso e de certa forma até piegas dialogo entre Deckard e Roy Batty, onde o androide antes de "desligar" diz com lágrimas nos olhos, misturados a chuva - Todos estes momentos vão ficar perdidos como lágrimas na chuva.
Concordo que a pomba branca na mão chegou a doer, mas vamos dar um crédito ao diretor!
Esta procura interna e eterna dos homens vai se adaptando aos tempos, e a internet hoje em dia representa uma busca humana, um lugar onde tudo exite, respostas para todas as perguntas estão lá ao alcance de dois web sites. O que me pergunto agora é - Qual o próximo passo para a humanidade?
Onde mais iremos fazer novas perguntas??? Quais serão os novos sonhos do ser humano?
E a montagem do diretor deixa em aberto estas questões ao revelar no final que o Blade Runner Deckard, tambem era um androide.
A cena final em que foge com a androide Rachel, Deckard encontra um unicornio de papel, mostrando que os sonhos do policial na verdade eram memórias implantadas, ele simplesmente
se vira e vai embora com seu amor, sem temer o que viria pelo futuro, mas tambem sem se perguntar - De onde vim/, - O que sou?, - Para onde irei?
Junior Aragaki, São Paulo, Freguesia do ò!!!!!

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