segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

DUVIDA

DUVIDA Um Conto de Junior Aragaki
SP/05/01/2012 De olhos fechados, Marcus sentia o passar do tempo pelo percurso do sol em seu rosto, devia estar deitado ali a pelo menos uma hora. Arriscou abrir os olhos. O clarão do Sol o cegou. Levaou a mão a testa, fazendo uma sombra, e na leve penumbra, contemplou o céu. Havia apenas uma pequena nuvem muito distante, e um azul profundo que agora contrastava com o vermelho do sol filtrado pelas palpebras. Ergueu o tronco e avistou o mar. Inspirou profundamente o cheiro salgado e animou-se com a sensação de bem-estar. A vara de pesca fincada na areia curvou-se tocando um pequeno sino. De um pulo, Marcus pegou a vara, soltou a carretilha e “deu” linha. Sentia nas pontas dos dedos a linha sendo puxada, e pela pressão percebia que era um peixe grande. Travou a carretilha e deu um leve golpe pro lado esquerdo, sentiu um leve trance na linha e o peixe estava fisgado. Marcus começou a enrolar a linha, virava lentamente a carretilha, enquanto dava algumas fisgadas com a vara, sempre pro lado esquerdo. Depois soltava um pouco a linha, deixando o peixe ir longe, travava por alguns minutos e novamente enrolava a linha, cada vez mais perto da areia da praia. Atras de uma onda, emerge um dorso prateado, lutando com o anzol espetado em sua boca. Apesar do sol quente, o suor escorria gelado sobre o rosto de Marcus. Ele concentrava todo seus esforços para tirar aquele peixe do mar. Vencido o peixe entregou-se boiando de barriga para cima. Marcus enrolou a linha o mais depressa que pode, e ali estava, um belo jantar. Ele retirou o anzol e espetou uma faca entre os olhos do peixe, que debateu-se por poucos segundos. Marcus arrancou um pouco de capim, passou pelas guelrras do peixe fazendo uma alça de transporte, e foi embora feliz pensando como prepararia o peixe para sua amada. Junior Aragaki

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